quinta-feira, 28 de maio de 2015

Pateo do Collegio - A busca pelas origens

Em meio a correria do dia a dia, os prédios, o trânsito e a agitação do Centro de São Paulo, quantas vezes paramos para observar os detalhes desta região?
Olhando com calma, poderíamos, por exemplo, prestar mais atenção ao local que iremos falar na postagem de hoje, o Pateo do Collegio.
Trata-se de um dos locais mais importantes da cidade, se não o mais importante, afinal tudo começou aqui.
A partir da construção de uma pequena cabana de pau a pique, cercada pelos rios Tamanduateí e Anhangabaú, em 25 de Janeiro de 1554 (data que é considerada pelos católicos a mesma da conversão do apóstolo Paulo, o que serviu de referência para o nome da nossa cidade) foi realizada a cerimônia oficial de fundação da cidade.
Ali reuniram-se alguns jesuítas, entre eles José Anchieta e Manoel Da Nobrega, com o intuito de pregar o catolicismo aos índios próximos à região.
Hoje, no antigo collégio dos jesuítas, funciona o museu Anchieta, uma homenagem ao representante mais celebre desta ordem no Brasil, um museu de arte sacra, uma biblioteca com raríssimo acervo da história de SP, um charmoso café e uma Igreja. Alem disso, varias oficinas culturais são realizadas no local.
Ao longo dos séculos de sua existência  o local passou por várias reconstruções, bem como já serviu para inúmeras finalidades. A atual foi feita em meados do século XX, porém sua arquitetura é baseado em um prédio do século XVIII. Hoje, dentro do Pateo, é possível ter acesso a uma única parede original, resistente a todo esse tempo. Esta parede é do século XVI e, provavelmente compunha a segunda construção daquele local. De todo modo, é incrível a sensação de curiosidade e admiração ao observar este tesouro da nossa história.
Ao visitar este lugar, saber sua história, perceber como um simples ato religioso foi ponto de partida para construção de uma enorme metrópole, torna a visita ainda mais especial.
Sua arquitetura antiga e bem preservada, o cheiro de madeira, as árvores, o silêncio, tudo isto cria uma espécie de refúgio. Por alguns momentos é possível sentir-se fora de São Paulo e esquecer toda agitação e estresse tão característicos da nossa cidade.

Andressa Silva (3ºA) e Ketlin Sampaio (3ºB)
 

Para saber mais e programar sua visita:
 

Pateo do Collegio
End.: Praça Pateo do Collegio, 2 - Centro - São Paulo (próximo ao metrô Sé)
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 16h30. Para visita monitorada é preciso agendar de segunda a sexta, das 13h às 16h
Preço: Museu Anchieta - R$ 6 (inteira), R$ 3 para estudantes, R$ 2 para alunos de escola pública. Gratuito para crianças de até sete anos, pessoas maiores de 60 anos e deficientes físicos.
Tel.: (11) 3105-6898
Site: www.pateocollegio.com.br
 
 
 
 

 
 
 
 
 











 

 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A emocionante visita ao Antigo DOPS-SP

O que esperar de um lugar que guarda as memórias de períodos tão tensos e repressivos da nossa história?

Com esta dúvida e nessa expectativa fomos em busca de respostas no antigo prédio onde se localizava o espaço prisional do DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Politica e Social), na região central de São Paulo.

Hoje o prédio abriga o Memorial da Resistência e nos traz lembranças de diversos momentos, especialmente repressivos, do nosso passado, em destaque a época da Ditadura Militar (de 1964 a 1985). E este histórico de terror podemos compreender melhor observando uma triste linha do tempo que se estende ao longo de uma das paredes da exposição.

Andar pelos espaços do Memorial é penetrar em um ambiente carregado de tensões e sentimentos e, ao mesmo tempo, rico em conhecimentos e novas informações sobre a nossa história.

A arquitetura, a estrutura física, as celas, os corredores do prédio ou o minúsculo local destinado ao banho de sol, onde só é possível ver o azul do céu entre as ferrugens das grades, é desesperador. Por todos os lados podemos sentir o horror vivido por pessoas que ousavam lutar por liberdade e que, contraditoriamente, ali ficavam trancafiadas.

Símbolo resistência, repressão, controle, coragem, não dá pra dar um único passo neste lugar sem sermos lembrados das pessoas que ficaram presas durante anos, que foram torturadas e algumas até mortas. As escrituras conservadas nas paredes das celas retratam algumas história de vida e a agonia de quem passou por ali. Nomes e frases que chamam a atenção de forma tão impactante no visitante que dificulta controlar as emoções.

Entre tantas informações, destacamos um local do Memorial que merece atenção especial. Trata-se da última cela do corredor de exposição. Nela é possível ouvir depoimentos de pessoas que foram presas e sofreram com as torturas e as condições do lugar, pessoas que contam como era a sobrevivência, como voltavam das sessões de torturas, como era passar as datas comemorativas num lugar como aquele. E se, até aquele momento, alguns conseguiam conter suas emoções, ouvir esses depoimentos, fez tudo explodir dentro de nós. Um turbilhão de sentimentos, tristeza, angústia, revolta. Nós, particularmente, não conseguimos controlar as lágrimas ao saber do sofrimento daquelas pessoas que lutavam por democracia e liberdade.

Tivemos o privilégio de ir visitar o Memorial da Resistência no dia em que começava uma exposição magnífica chamada “Ausências”.

São fotos que relatam o desaparecimento de pessoas durante a ditadura militar, fazendo o paralelo entre o antes e o depois da ditadura. A destruição de vidas e o que as “ausências”  causaram. São fotos com uma sensibilidade sem igual.

O Memorial da Resistência nos marcou de tal forma que, por mais que estejamos nos esforçando ao máximo, não é possível por em palavras tudo o que sentimos.

 
Lugar dedicado à preservação das memorias da resistência e da repressão, o Memorial fica localizado, Largo General Osório, 66, bem no Centro da cidade de São Paulo.

Funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 18h com entrada gratuita.  Telefone e e-mail para contato: 55 11 3335-4990 faleconosco@memorialdaresistenciasp.org.br

A exposição “Ausências” estará funcionando até dia 12 de julho de 2015. De Terça-feira a domingo, das 10h às 17h30 com permanência até às 18h, com entrada gratuita também.

 
 
Com toda a certeza vale a pena fazer uma visita ao Memorial da Resistência!

 
“Lembrar é Resistir”
 
                                     Karoline Melo e Raquel Lopes
                                       (3ºA)
 
                                          
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 14 de abril de 2015

Conhecendo a Pinacoteca do Estado de São Paulo

A Pinacoteca é um lugar incrível, muito importante para cidade de São Paulo e para o Brasil.
  Sair da estação do metrô e observar o prédio em si já dá uma noção do quanto à experiência de estar neste local promete uma viagem à outra dimensão.
  Como todo museu, a pinacoteca também está recheada de quadros, esculturas, gravuras, etc., mas a forma como estas obras se relacionam com o espaço é muito diferente. Parece que os sentimentos sejam de alegria, tristeza, raiva, amor ou qualquer outro, se potencializam neste ambiente. 
  É difícil explicar a sensação de olhar de perto uma obra de arte, perceber os detalhes de cada pincelada, sentir as emoções que até então estavam frias nos livros. É demais. 
  Depois que sai de lá, o encantamento permanece em você. E a sensação é maravilhosa. Não importa quantas vezes você for, vai ser sempre uma experiência incrível, cada vez mais apaixonante e vibrante.
  Além das sensações provocadas pelo universo artístico, visitar a Pinacoteca fez com que fossemos, também, conhecer a sua própria história.
  O prédio que hoje abriga a tão famosa Pinacoteca foi projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo em 1895 para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios (instituição que formava técnicos e artesãos para construir as cidades que se enriqueciam com o café).
  É o mais antigo museu de São Paulo. Foi fundado no ano de 1905 e regulamentado como museu público pelo Governo do Estado de São Paulo em 1911, quando recebeu a Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes.
  Em tempos atrás perdeu importância, inclusive por ficar em uma área que era muito deteriorada da cidade de São Paulo, mas sofreu uma ampla reforma com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, no final da década de 1990, e retomou sua importância pro mundo das artes.
  As primeiras doações para o museu foram peças que até hoje fazem parte do acervo, entre elas obras dos consagrados artistas Benedito Calixto, Pedro Alexandrino e José Ferraz de Almeida Junior. 
  Atravessou seu primeiro século de atividades acumulando realizações e formou um significativo acervo, hoje com cerca de doze mil obras. 
  A Pinacoteca realiza cerca de 30 exposições e recebe aproximadamente 500 mil visitantes a cada ano.
  O primeiro andar recebe as exposições temporárias e o segundo é dedicado a mostra de longa duração de seu acervo. A área central abriga o Projeto Octógono Arte Contemporânea, e no térreo estão as áreas técnicas, o auditório e a cafeteria. Desde 2006 é administrada pela APAC – Associação Pinacoteca Arte e Cultura. 

  A Pinacoteca fica localizada na Praça da Luz, 2.
  Funciona de Terça a domingo, das 10h às 18h.
  Bilheteria até as 17h30. E aos sábados a entrada é gratuita.

  Se você já conhece a Pinacoteca do Estado de São Paulo, volte sempre e, se ainda não conhece, não perca tempo. É um dos passeios mais fascinantes da nossa cidade.          
 
 Matheus Andrade Castro (3ºA) e Kathryn Moraes (3ºB)